Meirelles tem razão (05/04)
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, deu entrevista na edição de hoje do estadao.com.br. Um trecho:
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- A última ata do Copom apontou que a poupança é um limitador para a queda dos juros. Como mexer em tema tão sagrado para o brasileiro comum?
Em primeiro lugar, temos de separar o que é o pequeno poupador, que não tem conhecimento do mercado financeiro, dos grandes investidores. A segunda questão é que a sociedade brasileira está aguardando por muitos anos uma queda dos juros. Temos de ser consistentes com a queda dos juros. Não podemos ter uma queda para empréstimos e, ao mesmo tempo, dizer que não pode haver queda em alguns investimentos. A queda dos juros no Brasil, em ocorrendo, tem de premiar toda a economia.
É possível preservar o pequeno poupador e mexer com o grande?
Não há, ainda, nenhuma decisão tomada.
Mexer na TR (taxa referencial, usada no cálculo da remuneração da caderneta de poupança) é uma possibilidade?
Pode ser uma solução, dependendo da evolução no longo prazo. A longo prazo, temos um limite que é o rendimento real de 6%. Essa é uma questão que, cedo ou tarde, terá de ser encaminhada.
O brasileiro está preparado para conviver com uma rentabilidade de suas aplicações bem mais baixa do que até agora?
Esse é o desafio. Espero que daqui a pouco o BC não comece a ser criticado por manter juro muito baixo. Uma das coisas que muitas vezes algumas pessoas não gostam que se diga, mas é realidade: é a primeira vez em décadas que o BC pode, numa crise, baixar os juros para estimular a economia. Não temos mais de estar preocupados com vulnerabilidades. É um ganho do processo de estabilização da economia.
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6 Comentários:
alon, o que aconteceria se, mantido o rendimento, aumentasse o prazo para resgate para 90 dias, como no passado?
abraço do emerson.
@ Alon,
O processo de queda dos juros vai continuar, a conta gotas, como sempre se faz a boa PM. Se isso vai ajudar ou não o partido de situação, é um problema dos politicos. Prefiro uma queda continuada e consistente dos juros, do que um corte brusco que precise ser revertido daqui a 1 ou 2 anos.
@ Anonimo
Provavelmente essa vai ser a opção no curto prazo. No medio, nao tem jeito. Vai ter que mexer na legislaçao pra reduzir a rentabilidade e a TR, com todo o desgaste politico que isso causará.
Geeeennnte, o que é isto!??! Agora os juros não podem cair para não prejudicar o rendimento da poupança!?! Então, pq botaram um limitador nela, não faz muito tempo?!?!?!?!?!
E qual seria o risco de deixar a poupança com um bom rendimento?!?! Que os banco privados criem outras formas de investimento de alto retorno. A poupança rendendo um pouco acima da inflação já é mais que suficiente!!! É um investimento popular, do tipo "deixa rolar".
É muita falta de caráter colocar a culpa no melhor e mais democrático investimento financeiro. Sinal ainda de que este (des)governo não tem soluções para grave crise mundial e ainda vai ficar esperando a solução dos outros.
@ Richard
Concordo, desde que se o Tesouro nao tivesse que rolar R$ 200 bilhoes (parte em LFTs, ou seja, de rolagem diaria).
Agora se é pra fazer as coisa como "cabra macho" e torcer a coluna do mercado financeiro, achando que isso não vai afetar em nada sua vida, eu prefiro o governo como cordeirinho.
Pois é Talk... estou ciente das acrobacias do governo para financiar a máquina.
E "o cara" não foi cabra macho suficiente para encarar uma reforma tributária profunda, que poderia diminuir esta dependência da rolagem.
Eu fico preocupado é que este papo de mexer na poupança está acontecendo num contexto de crise mundial, de falta de liquidez. Os argumento do Meirelles são muito frouxos e, parece-me, pouco convincentes.
Parece até que, para comemorar a volta do Collor, vão dar um "banho" em nós!!!
Elogiar Meirelles e dizer que é da esquerda,,,,só da para tomar uma atitude, jamais não visitar o blog.
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