Para os críticos (13/03)
Bom texto de Delfim Netto sobre a arrogância dos economistas. Saiu no Valor Econômico. O fracasso da economia acadêmica é indicado para internautas que se valem da fórmula "você sabe com quem está falando?" para tentar desqualificar argumentos alheios. Aliás, tenho uma sugestão para os que se julgam muito sabidos: abram um blog e se arrisquem a dar opinião a quente. Inclusive sobre assuntos que vocês não tenham aprendido na escola. Bem, este blog já vinha dizendo desde outubro que era hora de cortar radicalmente os juros, pois não havia risco de inflação. Que a valorização do dólar não tinha como ser repassada aos preços. Por que escrevi essas coisas? Talvez por eu não ser economista. O que hoje em dia, convenhamos, não chega a ser um defeito.
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10 Comentários:
Deixa eu ver se entendi: você critica o recurso dos seus críticos à autoridade recorrendo à autoridade de Delfim Netto, é isso?
Aliás, o manifesto que ele apresentou não apresenta nada de novo. Essas críticas de descolamento dos modelos da realidade já foram feitas milhares de vezes, e têm a mesma resposta: os modelos seguem o método hipotético-dedutivo, onde se formulam hipóteses sobre a realidade (que, não necessariamente são "realistas"), e desenvolve-se com base nelas, atendendo ao rigor lógico, um modelo que gera conclusões que, essas sim, são comparáveis com a realidade. Ah, os ilustres economistas que ele citou são ilustres desconhecidos (a moça nem existe no Google...) e dão aula em universidades periféricas. O mundo ainda aguarda deles que apresentem modelos melhores do que os que eles criticam. A favor deles, pode-se dizer que, tendo se formado nos EUA ou na Inglaterra, provavelmente são capazes de compreender os modelos da teoria convencional, o que é mais do que se pode dizer de muitos economistas brasileiros...
Saudade daquele Alon que elogiava o Meirelles. É como disse o padre ontem, num casamento a que assisti:
..."na saúde ne na doença."
Anônimo, enfia essa quadrinha na cachola:
duas coisas críticas
difíceis de encontrar:
gratidão na política
e fidelidade no lupanar.
Essa foi muito boa.
"os modelos seguem o método hipotético-dedutivo, onde se formulam hipóteses sobre a realidade (que, não necessariamente são "realistas"), e desenvolve-se com base nelas, atendendo ao rigor lógico"
"Deixa eu ver" se entendi: caso haja conflito gritante entre as hipóteses sobre a realidade e a dita-cuja, segue-se a substituição da realidade, dado que esta não atende o "rigor lógico" do modelo "hipotético-dedutivo"?
"A Economia ENQUANTO Ciência", essa é a questão meus caro(a)s.
Tô achando que vou voltar pra fisica teorica....rs.
"Deixa eu ver" se entendi: caso haja conflito gritante entre as hipóteses sobre a realidade e a dita-cuja, segue-se a substituição da realidade, dado que esta não atende o "rigor lógico" do modelo "hipotético-dedutivo"?
Não, Pedrobó, o que se compara com a realidade são as conclusões do modelo, e não as hipóteses.
Querida Terta, agora eu entendi: fixamos hipóteses independente de sua aderência à realidade, rodamos nossa hiper-planilha e, shazam!, se as conclusões do modelo divergem da realidade chegamos à conclusão que... a realidade não serve. Esse é o "método liberal clássico", parece-me...
Alon Feuerwerker,
Nunca tentei abrir um blog e penso que não vou tentar. Prefiro comentar as notícias ainda quentes dos nossos blogueiros mais aventureiros e arrojados nas idéias, principalmente quando eles preferem comentar as prováveis idéias dos Galileus e deixa de lado as idéias dos Giordanos.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 16/03/2009
"Querida Terta, agora eu entendi: fixamos hipóteses independente de sua aderência à realidade, rodamos nossa hiper-planilha e, shazam!, se as conclusões do modelo divergem da realidade chegamos à conclusão que... a realidade não serve. Esse é o "método liberal clássico", parece-me..."
Pedrobó, faça uma forcinha e tente entender o que lê. O realismo ou irrealismo da hipótese é irrelevante, uma vez que o que se pretende comparar com a realidade são as conclusões, não as hipóteses. É evidente que, se as suas conclusões são contraditadas pelos fatos, há um problema com a sua teoria (esta, eu arrisco dizer, é a principal razão do sucesso parcial dos novos-clássicos, os atuais ortodoxos da macroeconomia -- os monetaristas não estão mais na moda -- em dominar a academia: o sucesso empírico das teorias deles não é convincente). Agora, quanto ao "método liberal-clássico", o único lugar em que eu ouvi dizerem que as contradições que apareciam na teoria existiam porque a realidade em si era contraditória foi num curso de economia marxista...
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