O salto dos gastos sociais no governo FHC (16/02)

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Observações políticas
6 Comentários:
Alon,
Eu li a pesquisa, seguindo o link que você indicou. O "salto" não foi no no governo FHC e sim no de Itamar. Mesmo o orçamento de 95 deve ser atribuído ao Itamar, já que é feito no ano anterior. Não sei de onde você tirou a idéia de atribuir ao Fernando Henrique...
Ah, lembrei... Ele era o ministro da Fazenda, né? Mas a pesquisa é sobre a orientação do governo, não sobre o ministro. E se quiser atribuir algo deste salto ao sr. FH, deveria pelo menos ter o cuidado de lembrar que isto aconteceu quando ele estava em plena campanha para Presidente e precisando contrapor-se ao Lula.
A única conclusão que se pode tirar destes seus dados é que a tucanada fez em 94 tudo o que eles acusaram o Lula em 2006: aumento dos gastos sociais com vistas a eleição. Que feio, né?
Mas, enfim, o mesmo gráfico mostra que NO GOVERNO FHC não houve aumento de gastos sociais e ainda que apesar da genialidade do Nosso Guia de então, a Argentina e o Chile continuaram muito a frente de nós.
Logo a Argentina, hem, que passou pela maior crise da sua história no período analisado.
Não admira que sejam MUITO mais civilizados...
Todo mundo sabe que no final do governo Itamar quem mandava era o ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. E aposto que quando entrarem os números do Lula vamos ver que não houve aumento significativo em relação a FHC. Se houver, será por causa da Previdência. A verdade é que o governo Lula avançou pouco em relação a FHC. Apenas sua comunicação foi melhor.
Paulo preto... menos... só para citar um exemplo de quem mandava no governo Itamar, FHC não queria que Ciro Gomes fosse Ministro da Fazenda.
O próprio Plano Real, foi uma obra coletiva. Quem começou foi Marcílio Marques Moreira no Governo Collor, quando parou de emitir moeda e recompôs as reservas cambiais (lastro para a URV dolarizada feita com o Plano Real). Tiveram papel importantíssimo no Plano Real durante o governo Itamar, as Ministras Dorothea Werneck e Walter Barelli, que negociaram a estabilidade com as centrais sindicais e federações patronais, evitando greves e aumento de preços. E teve Henrique Hargreaves que negociava a governabilidade junto ao Congresso com as nomeações para cargos (essa coisa antiga que indigna tanta gente depois que Lula foi eleito). Itamar Franco trocou 6 ministros da fazenda e FHC foi apenas um deles, por sinal um bom Ministro. Itamar não era especialista em economia, mas tinha comando em exigir o que queria: o fim da inflação, e crescimento com empregos. Deve ter sido o melhor presidente depois da redemocratização (mesmo tendo governado só 2 anos). O que melhor soube montar um governo, alterá-lo rapidamente para conseguir objetivos e mantê-lo sob controle. Foi quem conseguiu melhor exercer autoridade junto ao Congresso, mesmo com a crise da CPI dos anões do orçamento. Seu marketing pessoal não é adequado para a era da TV, por isso é mais pitoresco tratá-lo folcloricamente, o que é um injustiça histórica.
Tivesse FHC apoiado Itamar em 98 em vez da reeleição, é possível que tivesse retornado ao poder em 2002, e sua biografia fosse bem melhor.
É o Brasil andando certo por estradas tortas. Será?
O grande plano de desenvolvimento a LONGO prazo do país se chama PAC. E foi feito pra durar 4 anos. Tem como objetivo, se conseguir ter sucesso, um novo mandato presidencial.
Que bom se tivéssemos ao menos um esboço do resultado de uma equação para os próximos 20 anos.
O documento aclara o que já se sabia: Lula retirou $$ de educação e saúde e canalizou para assistência social. Tocou o bumbo, fez oba-oba, e viou o "pai dos pobres".
Ah, é verdade que a maior inflexão no gráfic postado ocorreu em razão do Plano Real, implantado no governo Itamar Franco. Agora, a acusação do Hamilton é absurda: a "tucanda" não fez absolutamente o que Lula fez. Os tucanos não usaram os gastos sociais como bandeira eleitoral central. E não comprometeram 2 pilares da sociedade - Educação e Saúde (não que fossem uma maravilha, mas pioraram sob Lula) - em favor de um programa de bolsa auxílio.
Frank, o gráfico está aí para quem quiser ver. O incremento começa em 1993, portanto antes do Plano Real.
De fato, você está certo em dizer também que os gastos sociais não foram o ponto RETÓRICO principal da campanha de FHC naquele ano.
Mas que deram uma boa ajuda para que a "tucanada" teorizasse sobre as "grandes melhorias" provocadas pelo plano real, isso deram.
A propósito, este aumento é benvindo, na minha opinião, ainda que com objetivos eleitorais. O que me irrita é ver o roto falando do rasgado. Claro que a situação não é idêntica, mas que é muito parecida, isso é.
E olha que estamos falando apenas de duas boas coisas feitas por Itamar e Lula. Se fôssemos entrar na irresponsabilidade cambial que reelegeu FHC, aí é que a "tucanada" não tinha mais defesa mesmo. Aquilo sim é que foi demagogia irresponsável, a qual estamos pagando até hoje.
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