Na RDP da Coréia, em 1985 (16/01)
Escrevi aqui outro dia que estive na República Democrática e Popular da Coréia em 1985, numa delegação do então semanário Voz da Unidade, do PCB. Recebi muitos emails perguntando se tinha alguma foto dessa viagem à Coréia do Norte. Tanto fucei em casa que achei. A seta aponta este blogueiro. O terceiro da esquerda para a direita na foto é o jornalista Silvano Tarantelli. Duas posições à esquerda do Silvano está o saudoso jornalista gaúcho João Aveline, o chefe da nossa pequena (mas combativa) delegação. Clique na foto para ampliá-la.
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10 Comentários:
QUE PASSADO LAMENTÁVEL
JV
O que admiro em você Alon é a sua transparência. Você tem uma história e a trata com tranqüilidade. O que você escreve nada tem a ver com algumas coisas de que você participou lá atrás, mas você não esconde o que fez. Eu chamo isso de dignidade e caráter. Parabéns. Lígia Bastos.
Concordo com o comentário anterior. É importante que as pessoas saibam quem é o blogueiro e de onde ele vem. Minha sincera admiração pela sua transparência.
Incrível! Parece -e é- coisa do século passado!
Você escreveu alguma reportagem sobre essa viagem na época?
Alon,
Primeiro, parabéns pela tranquilidade com que você encara seus posicionamentos no passado (os quais considero muito respeitáveis).
Segundo: fui fuçar o seu Flickr e achei uma foto com os re-fundadores da UNE, em 1979. Daria para você identificá-los ?
Abraços,
LUIZ
E eu que alardeava por aí que o Silvano era o único brasileiro que já tinha posto os pés na Coréia do Norte. Agora descubro que foram três. Também tudo bem: de lá pra cá já conheci pessoas que estiveram na Albânia e, o mais incrível de tudo, no Casaquistão soviético.
Acho que a tranquilidade, aí, é um sentimento mais do que natural. Qual é o problema de ter visitado a Coréia do Norte no tempo em que não se ousava colocá-la do Eixo do Mal, porque fazia parte de um poderoso bloco que efetivamente se contrapunha à hoje desmedida influência dos Estados Unidos? De minha parte, tenho a maior tranquilidade de ter sido comunista, ter apoiado a União Sovìética, com todos os seus equívocos. Sinceramente, acho melhor que votar no Collor, por exemplo; ou engolir as pataquadas pseudo-antiterroristas que são o cerne do noticiário internacional contemporâneo. Desmoronou o comunismo?, tudo bem, é uma pena. Mas não tem nem comparação com as ditaduras sanguinárias de direita que nos acostumamos a ver do lado de cá. Fez opções erradas, mas teve alguns resultados positivos duradouros, como na educação, na ciência, no esporte. Ficou longo, né? Desculpem aí.
Uma pena que desmoronou o comunismo? Mas vai para a Coreia do Norte, ou para Cuba que lá a vida continua igual.
E comparar os horrores dos regimes comunistas com os tiranetes de meia-pataca deste hemisfério é não querer aprender história.
Mas Alon, a pergunta é outra. Você ainda acredita no que acreditava na época em que a foto foi tirada? Sim? Não? Porque?
Obs: confesso, contrariado, que votei no Lula contra o Collor.
JV
Ô JV, que argumento mais gasto. Tem uma diferença fundamental entre essas ditaduras todas, é só ter olhos para ver. Tá todo mundo querendo ver o que vai acontecer quando o Fidel morrer: sabe o quê? Tristeza geral. Mas na TV vão passar a alegria dos cubanos de Miami, com a câmera bem fechada pra dar a impressão que é uma multidão, enquanto os milhões de cubanos que irão ao velório não merecerão mais que uns dois segundos. Mas não vou me alongar que tenho de planejar minha viagem à Dinamarca. A Coréia do Norte está um tanto punk demais ultimamente.
A pergunta, a propósito, está equivocada: não se trata de acreditar no passado, mas de evoluir. Agora, interessante seria saber o que é que o Alon achou do que viu, de bom e e de mal, láááááá na Coréia do Norte.
Abs,
Anônimo
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