Ibope: empate técnico entre os mais escolarizados (26/10)

Clique aqui para ler Milhares, milhões de pedrinhas no lago.
O Blog do Alon está entre os finalistas do concurso mundial de blogs The Best of the Blogs.
Se quiser me honrar com seu voto, clique aqui.
Para ver todas as categorias, clique aqui.
Para ver os finalistas em língua portuguesa, clique aqui.
Clique aqui para assinar gratuitamente este blog (Blog do Alon).
Para mandar um email ao editor do blog, clique aqui.
Para inserir um comentário, clique sobre a palavra "comentários", abaixo.
3 Comentários:
Algumas curiosidades.
Do UOL eleições:
"Meu adversário vendeu estatais e não concedeu aumento", diz Cássio Cunha Lima
E a propaganda do Geraldo acusando Lula de tentar privatizar a Amazônia.
Sem comentários.
Sobre a pedra no lago, acho que podemos manter a teoria mas é preciso introduzir um elemento novo, a barreira. Você já viu o que acontece quando uma onda se propagando na água encontra uma barreira, tipo uma pedra ou um tronco? A onda bate e volta sobre si mesma.
Acho que foi o que aconteceu. A política social do governo Lula criou uma barreira impedindo a passagem da onda para as classes mais pobres. A onda bateu na barreira e agora está voltando sobre si mesma - e as classes mais favorecidas e informadas estão se convencendo que afinal, depois décadas de discurso a respeito da vergonhosa desigualdade social do Brasil, alguém finalmente resolveu enfrentar o problema de forma estrutural (e não pontual ou benemérita). Alguém bateu na mesa e disse danem-se os investimentos, os juros, o aperto fiscal, a carga tributária - resolva-se o problema da miséria antes e além de tudo isto.
A mentira propalada do centro "esclarecido", do "bolsa-esmola", vai se esvaindo à medida que se nota que os beneficiários dos programas insistem em não ouvir a voz de seus "melhores". Antropologicamente, parece ser uma lição que as classes altas e informadas do país jamais esquecerão.
Já comentei em seu blog que acredito que a divisão da sociedade que se expressa nesta eleição é aquela entre um Brasil oficial, formal, e outro que se vira com Deus. Claro que esta divisão é altamente correlacionada com as diferenças de renda e escolaridade, mas está longe de ser a mesma coisa. Daí a grande imprensa encontrar-se quase toda do mesmo lado e perceber sua fraqueza em influenciar o público. Mas isso não é novo. Aliás, me parece recorrente essa “descoberta” de que o povo pensa, não compra qualquer peixe etc. Apenas nunca se expressou de forma tão gritante. Concordo quando você denuncia nosso falso liberalismo. Acredito que ele seja fruto da facilidade com que o estado sempre subjugou a plebe, permitindo-se o luxo de manter uma pose liberal e democrática para consumo externo (nosso modelo, e fonte de todo nosso ressentimento: a civilização ocidental), o que é notório desde os tempos do império. Nosso estado nasceu e permaneceu fortemente excludente, absorvendo eventualmente parcelas da plebe – como sob Vargas –, talvez estejamos assistindo a mais um momento de inclusão, não surpreende que a UDN esbraveje.
Postar um comentário
<< Home