A origem do problema no Oriente Médio (10/07)
Continua a ação militar israelense na Faixa de Gaza. As razões imediatas são o seqüestro de um militar de Israel por grupos terroristas e o lançamento de mísseis a partir de Gaza contra áreas de Israel. Mas essas são as razões imediatas. A origem das guerras modernas naquela região está na recusa da maioria do países árabes à partilha da Palestina pela ONU em 1947. Recusam-se a admitir um Estado Judeu na região. Ontem, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, voltou a reafirmar a necessidade de remover Israel do mapa. O Hamas, que governa a Palestina, está de acordo com Ahmadinejad. É simples: se um país não aceita a existência de um outro com o qual faz fronteira, é certo que haverá guerra. Esses são os fatos. O resto é propaganda.
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8 Comentários:
Desculpe mas tem um porém nesta história! Bem antes de 1947 já havia o famoso Movimento Sionista, que pregava a volta dos judeus à Terra Santa, ajudando, entre outras coisas, na compra de terras na Palestina. Quando a ONU estabeleceu as fronteiras de Israel, elas não eram o que são hoje. Jerusalém, por exemplo, ficaria dividida (como Berlin ficou) e isto não agradou nem palestinos nem judeus... só que estes foram mais rápidos e tomaram as terras que queriam, só não ficando com a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. As guerras seguintes foram tentativas dos islâmicos tirarem os judeus do mapa, literalmente. A iniciativa da ONU foi importante... mas de boas intenções o inferno (e a Palestina) está cheio.
O erro histórico foi a imposição de um estado religioso, baseado não no judaísmo, mas no sionismo, ao invés da existência de uma Palestina mulçumano-judaica, sob um território.
O resto é uma sucessão de erros de ambos os lados, ao ponto de não haver lado certo em quase nenhum tema.
Uma vez o jornalista Gilberto Dimenstein escreveu um artigo sobre o Oriente Médio e, ao final,teve a honestidade de declarar que era parte interessada no assunto.
Não seria o caso de você fazer o mesmo?
Aprecio muito os seus comentários, mas acho que vou evitá-los quando se referirem ao Santos Futebol Clube ou a Palestina.
Caro Moacyr, meu nome já deixa claro que sou judeu. Além disso, meu currículo pode ser acessado clicando na minha foto, e ali está escrito que morei em Israel. O fato de ser judeu não me tira o direito de ter opinião sobre o conflito entre Israel e a Palestina. Não seria razoável, por exemplo, que todo árabe ou muçulmado fosse impedido de dar sua opinião sobre o assunto, por supostamente ser "parte interessada". Talvez não fosse o caso de lembrar aqui, mas estou bem tranqüilo sobre esse debate,pois há trinta anos defendo a solução de dois estados lado a lado. Veja que a OLP aceita essa solução (a única possível na minha opinião), mas o Hamas não. Esses são os fatos.
Moacyr, tu és nazista? Quer dizer que o cara precisa dizer que é judeu antes de dar opinião? Por que você não pede para ele usar uma estrela na roupa, como os nazistas faziam para identificar os judeus?
Caro Alon,
Também defendo a solução de dois estados convivendo pacificamente.
Agora, entendo que o crescimento do Hamas e de outros partidos fundamentalistas foi claramente incentivado pelo estado israelense, que sistematicamente jogou no enfraquecimento e na desmoralização dos partidos laicos do mundo árabe. Quanto ao sr. Paulo Borges nada a comentar. Prefiro ficar com a lembrança de outro Paulo Borges, um antigo jogador vindo do Bangu, que em uma noite de quarta-feira no Pacaembu trouxe alegria à maioria do estado de S.P. ao marcar um dos gols da vitória do Corinthians sobre o Santos de Pelé, na quebra de um tabu de mais de onze anos.
Alon, por que não colocar à disposição dos leitores artigos que façam levantamento histórico da questão?
Um abraço, e parabéns pelo melhor blog de Política do Brasil!
Román
Caro Román:
Um bom roteiro está na Wikipedia, em http://en.wikipedia.org/wiki/Israel.
Obrigado pelos elogios.
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