Duas táticas em La Paz (23/05)
Duas notas da sinopse de imprensa distribuída hoje pela consultoria Tendências a seus clientes:
"VENEZUELANA PDVSA FIRMA UMA SÉRIE DE CONVÊNIOS NA BOLÍVIA - A estatal venezuelana PDVSA firmou uma série de convênios com a boliviana YPFB, na qual se compromete a desenvolver projetos nos segmentos de exploração e produção, processamento de gás, petroquímica e distribuição de combustíveis, além de oferecer capacitação para jovens bolivianos ocuparem postos na indústria. Ainda não há estimativas oficiais de aportes, mas na Bolívia comenta-se que os investimentos podem chegar a US$ 1,5 bilhão, mesmo volume aportado pela Petrobras no país. Os convênios serão assinados pelos presidentes Evo Morales (Bolívia) e Hugo Chávez (Venezuela), que chega à Bolívia na sexta-feira. O governo Chávez caminha para tornar-se um dos principais sócios dos bolivianos no setor de petróleo e gás, desbancando as multinacionais que já operam no país, como a própria Petrobras e as européias Repsol, BG e Total.
AMORIM: PREÇO DO GÁS DEVE TER DISCUSSÃO TÉCNICA - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse ao presidente da Bolívia, Evo Morales, que o Brasil não aceitará a saída da Petrobras do país sem o pagamento da devida indenização. Em reunião com Morales, ontem, em La Paz, Amorim também deixou claro o descontentamento do governo brasileiro com a ocupação militar das refinarias da estatal brasileira na Bolívia durante o anúncio do decreto de nacionalização do petróleo e gás bolivianos. O chanceler brasileiro frisou ainda que o Brasil quer uma discussão técnica para o reajuste do preço do gás comprado da Bolívia, diretamente com a Petrobras, e não política."
Em resumo, enquanto a diplomacia brasileira comporta-se como office-boy da Petrobrás, Hugo Chávez vai ganhando espaço ao oferecer aos bolivianos o que eles mais desejam: capacidade de agregar valor ao seu gás. Deve ser uma nova e original estratégia do Itamaraty para garantir a liderança do Brasil na América do Sul.
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"VENEZUELANA PDVSA FIRMA UMA SÉRIE DE CONVÊNIOS NA BOLÍVIA - A estatal venezuelana PDVSA firmou uma série de convênios com a boliviana YPFB, na qual se compromete a desenvolver projetos nos segmentos de exploração e produção, processamento de gás, petroquímica e distribuição de combustíveis, além de oferecer capacitação para jovens bolivianos ocuparem postos na indústria. Ainda não há estimativas oficiais de aportes, mas na Bolívia comenta-se que os investimentos podem chegar a US$ 1,5 bilhão, mesmo volume aportado pela Petrobras no país. Os convênios serão assinados pelos presidentes Evo Morales (Bolívia) e Hugo Chávez (Venezuela), que chega à Bolívia na sexta-feira. O governo Chávez caminha para tornar-se um dos principais sócios dos bolivianos no setor de petróleo e gás, desbancando as multinacionais que já operam no país, como a própria Petrobras e as européias Repsol, BG e Total.
AMORIM: PREÇO DO GÁS DEVE TER DISCUSSÃO TÉCNICA - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse ao presidente da Bolívia, Evo Morales, que o Brasil não aceitará a saída da Petrobras do país sem o pagamento da devida indenização. Em reunião com Morales, ontem, em La Paz, Amorim também deixou claro o descontentamento do governo brasileiro com a ocupação militar das refinarias da estatal brasileira na Bolívia durante o anúncio do decreto de nacionalização do petróleo e gás bolivianos. O chanceler brasileiro frisou ainda que o Brasil quer uma discussão técnica para o reajuste do preço do gás comprado da Bolívia, diretamente com a Petrobras, e não política."
Em resumo, enquanto a diplomacia brasileira comporta-se como office-boy da Petrobrás, Hugo Chávez vai ganhando espaço ao oferecer aos bolivianos o que eles mais desejam: capacidade de agregar valor ao seu gás. Deve ser uma nova e original estratégia do Itamaraty para garantir a liderança do Brasil na América do Sul.
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3 Comentários:
O anúncio dos investimentos Chavez é um factóide, e os bolivianos podem até acreditar nisso, mas não você.
Pergunta: para quem e por onde os bolivianos vão exportar estes derivados?
Numa adaptação de James Carville, "é a globalização, meu caro". Num mundo faminto por energia, não faltará quem queira comprá-la. Os americanos e os chineses são os primeiros da fila.
A parte mais interessante da pergunta era pode onde isso vai seguir - pelo Chile, Peru ou Brasil? Ao contrário do que o Evo Morales possa pensar a Bolivia não faz fronteira com a Venezuela, e não vai chegar a lugar nenhum depois de ter brigado com todos os vizinhos.
~
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