Por que Alckmin ganhou a guerra (14/03)
Daqui a pouco, o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), anuncia no Palácio dos Bandeirantes que Geraldo Alckmin será o candidato do PSDB à Presidência da República. Hoje pela manhã, José Serra disse a Tasso que se retirava da disputa. Serra desistiu de lutar pela indicação porque:
1) As previsões eram de um placar apertado, para um lado ou para outro, no Diretório Nacional do PSDB. A não ser que o triunvirato (Fernando Henrique Cardoso, Tasso e Aécio Neves) o apoiasse, Serra ou perderia ou herdaria uma legenda rachada, que inviabilizaria sua eleição à Presidência.
2) Nas conversas da madrugada de hoje, ficou claro que o triunvirato preferia a hipótese de ungir Alckmin a patrocinar uma disputa dentro do partido. Mesmo entre os apoiadores de Serra surgiram rachaduras quanto à hipótese do confronto.
3) FHC acha que são grandes as chances de derrota para Lula e pensa que só tem sentido Serra deixar a prefeitura para eventualmente disputar o governo de São Paulo, uma missão teoricamente menos arriscada.
4) Os sinais que os tucanos receberam do empresariado foram quase unanimemente pró-Alckmin. Muitos disseram que preferiam Lula a Serra.
5) Os analistas de pesquisas antes diziam que Serra tinha mais chances de derrotar Lula. Nos últimos tempos, alguns passaram a defender a tese de que as possibilidades do governador e do prefeito são semelhantes, e pequenas.
6) Serra avaliou que sua saída da Prefeitura de São Paulo sem o apoio de Alckmin traria, em caso de derrota para Lula, um dano quase irreversível a suas possibilidades políticas futuras.
Ou seja, Serra só seria candidato se tivesse, como acreditava ter, o triunvirato ao seu lado e disposto a "enquadrar" Alckmin. Há cerca de duas semanas a situação chegou a se desenhar assim, mas Serra não aproveitou a oportunidade. Nesta madrugada, o trio lavou as mãos e, na prática, tirou Serra da disputa presidencial.
1) As previsões eram de um placar apertado, para um lado ou para outro, no Diretório Nacional do PSDB. A não ser que o triunvirato (Fernando Henrique Cardoso, Tasso e Aécio Neves) o apoiasse, Serra ou perderia ou herdaria uma legenda rachada, que inviabilizaria sua eleição à Presidência.
2) Nas conversas da madrugada de hoje, ficou claro que o triunvirato preferia a hipótese de ungir Alckmin a patrocinar uma disputa dentro do partido. Mesmo entre os apoiadores de Serra surgiram rachaduras quanto à hipótese do confronto.
3) FHC acha que são grandes as chances de derrota para Lula e pensa que só tem sentido Serra deixar a prefeitura para eventualmente disputar o governo de São Paulo, uma missão teoricamente menos arriscada.
4) Os sinais que os tucanos receberam do empresariado foram quase unanimemente pró-Alckmin. Muitos disseram que preferiam Lula a Serra.
5) Os analistas de pesquisas antes diziam que Serra tinha mais chances de derrotar Lula. Nos últimos tempos, alguns passaram a defender a tese de que as possibilidades do governador e do prefeito são semelhantes, e pequenas.
6) Serra avaliou que sua saída da Prefeitura de São Paulo sem o apoio de Alckmin traria, em caso de derrota para Lula, um dano quase irreversível a suas possibilidades políticas futuras.
Ou seja, Serra só seria candidato se tivesse, como acreditava ter, o triunvirato ao seu lado e disposto a "enquadrar" Alckmin. Há cerca de duas semanas a situação chegou a se desenhar assim, mas Serra não aproveitou a oportunidade. Nesta madrugada, o trio lavou as mãos e, na prática, tirou Serra da disputa presidencial.
5 Comentários:
Alon, salve! Na sua opinião, o fato de Serra ter se colocado ontem à disposição do PSDB e hoje ter ficado sem opção, a não ser abdicar da candidatura, fará com que ele não se empenhe pela campanha do agora presidenciável Alckmin?
E para aproveitar a carona em indagações "inocentes": vc avaliza minha "tese" de que Alckmin é um "anti-Lula" muito mais perigoso, já que passível de qualquer operação bem feita de marketing político (ou mercadologia, para deixar nosso amigo Aldo contente), dado seu perfil anódino e maleável?
Acho que o PSDB vai ter que achar uma solução para o problema político criado com o escanteamento de Serra. Mas esse negócio de não fazer ou fazer campanha depende principalmente do candidato. No começo, quem se empeha são os mais fiéis, mas depois que ele cresce a turma vai aderindo naturalmente.
Caro Arthur, acho que a maior diferença eleitoral entre Serra e Alckmin está na penetração entre os mais pobres e na franja do público que tem alguma identidade com a esquerda, mas não quer votar no PT. Sinceramente, não creio que marquetagem vá decidir essa eleição.
Alon,
Se é que entendi sua criptografia, vc avalia que há uma "tendência (à) sinistra" - seja isso o que for - que não sofrerá alterações substantivas, por mais que os marketing gimmicks e os spins (perdão...)trabalhem imagens.
Adoraria concordar de plano: isso implicaria na eleição do meu candidato.
Reafirmo, porém, minhas dúvidas. O simbólico é facilmente construído ou desconstruído em sociedades gelatinosas como a nossa.
Homessa! Espero que eu erre.
abs,
Postar um comentário
<< Home